5 de janeiro de 2014

Facebook acusado de intercetar mensagens privadas

Escrito por João Fernandes a 3 Jan. 2014
 
Dois norte-americanos decidiram apresentar uma queixa contra a rede social Facebook. Em causa está o facto de o Facebook estar, alegadamente, a intercetar e a analisar as mensagens privadas de forma a transmitir dados aos anunciantes.
"Ao contrário do que afirma, as mensagens privadas trocadas no Facebook são sistematicamente intercetadas pela companhia com o objetivo de conhecer o conteúdo das comunicações dos seus utilizadores", afirmam Matthew Campbell e Michael Hurley, registrados no Facebook desde 2008 e 2009, respetivamente.

Ao contrário das mensagens publicadas no "mural" dos utilizadores, as mensagens privadas apenas podem ser lidas pelos destinatários.
No entanto, quando um utilizador "escreve uma mensagem adicionando um link para um site (URL), a companhia analisa o conteúdo da mensagem" e "procura informações que permitem compilar um perfil de atividade na internet da pessoa que escreveu a mensagem", asseguram Campbell e Hurley.
Os queixosos, que deram entrada do processo judicial num tribunal Californiano, onde o Facebook mantém sua sede, acusam a rede social de recolher dados sem o conhecimento dos utilizadores e de partilhar as informações com terceiros: anunciantes, empresas de marketing e outras empresas provedoras de dados.
Segundo Campbell e Hurley, as comunicações privadas na rede criaram uma oportunidade "particularmente rentável" para o Facebook, porque "os utilizadores que acreditam que estão a comunicar-se através de um serviço livre de vigilância são suscetíveis a revelar informações sobre si mesmos que não revelariam caso soubessem desta monitorização.
"Esta prática, se confirmada, constituiria uma violação das leis que regem a confidencialidade das comunicações eletrónicas. As configurações de privacidade no Facebook e respeito pela privacidade estão entre as principais preocupações dos 1.200 milhões de utilizadores da rede social em todo o mundo.

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