Escrito por João Fernandes a 3 Jan. 2014
"Ao contrário do que afirma, as
mensagens privadas trocadas no Facebook são sistematicamente
intercetadas pela companhia com o objetivo de conhecer o conteúdo das
comunicações dos seus utilizadores", afirmam Matthew Campbell e Michael
Hurley, registrados no Facebook desde 2008 e 2009, respetivamente.
Ao contrário das mensagens publicadas no
"mural" dos utilizadores, as mensagens privadas apenas podem ser lidas
pelos destinatários.
No entanto, quando um utilizador
"escreve uma mensagem adicionando um link para um site (URL), a
companhia analisa o conteúdo da mensagem" e "procura informações que
permitem compilar um perfil de atividade na internet da pessoa que
escreveu a mensagem", asseguram Campbell e Hurley.
Os queixosos, que deram entrada do
processo judicial num tribunal Californiano, onde o Facebook mantém sua
sede, acusam a rede social de recolher dados sem o conhecimento dos
utilizadores e de partilhar as informações com terceiros: anunciantes,
empresas de marketing e outras empresas provedoras de dados.
Segundo Campbell e Hurley, as
comunicações privadas na rede criaram uma oportunidade "particularmente
rentável" para o Facebook, porque "os utilizadores que acreditam que
estão a comunicar-se através de um serviço livre de vigilância são
suscetíveis a revelar informações sobre si mesmos que não revelariam
caso soubessem desta monitorização.
"Esta prática, se confirmada,
constituiria uma violação das leis que regem a confidencialidade das
comunicações eletrónicas. As configurações de privacidade no Facebook e
respeito pela privacidade estão entre as principais preocupações dos
1.200 milhões de utilizadores da rede social em todo o mundo.
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