A Samsung decidiu apostar num mercado bem específico quando lançou o
Galaxy Beam.
A maioria dos aparelhos Android possuem um diferencial ou outro, mas em
sua maioria eles se destacam pelo hardware, tamanho da tela, qualidade
da câmera ou por ser uma alternativa mais barata. No caso deste
aparelho, quem precisa de um projetor embutido num aparelho celular tem a
opção perfeita.
Deixando de lado o
projetor, o smartphone possui
hardware mediano, uma bateria que surpreendeu, versão desatualizada do
Android e recentemente teve seu preço reduzido na maioria das lojas,
fazendo com que finalmente valesse a pena investir num desses.
Especificações Técnicas
O
Galaxy Beam possui tela de 4 polegadas com
resolução de 480 x 800 pixels, processador dual-core Cortex-A9 de 1GHz,
768MB de memória RAM, câmera traseira de 5 megapixels, câmera frontal
com resolução de 1.3 megapixels, 8GB de espaço para armazenamento
interno podendo ser expandido até 32GB via microSD, bateria de 2.000 mAh
e seu projetor possui 15 lumens, em um só LED. As dimensões dele são
124 x 64.2 x 12.5 mm e pesa 145 gramas. Não posso deixar de comentar que
o aparelho vem com uma bateria extra e um carregador externo, muito
útil principalmente no caso de longas apresentações, falaremos mais
sobre a duração da bateria nos próximos tópicos.
O
design do aparelho não é lá muito atrativo, nem
todos gostam de uma linha amarela no meio do gadget, acaba tornando
muito chamativo, mas não é dos mais feios que já vimos por aí. O espaço
para colocar o microSD e o SIM card ficam fora do aparelho, exatamente
onde fica a linha amarela, ao contrário da maioria que fica na parte
interna.
Imagens do Aparelho
Câmera
A
câmera é mediana, acho que poderiam ter caprichado
um pouco mais nesse item. Até que ela tira boas fotos em ambientes bem
iluminados e com luz natural, porém em ambientes fechados e com luz
artificial já podemos perceber alguns ruídos nas imagens. O flash
definitivamente não funciona muito bem. Se você está acostumado com
fotos de um aparelho com câmera de 8 megapixels, irá se decepcionar com o
Galaxy Beam. O aplicativo da câmera não tem nenhum truque especial além
das já conhecidas configurações. O “touch to focus” funcionou muito
bem.
Bateria
A
bateria durou bastante, a Samsung promete em média
três horas com o projetor ligado direto e o smartphone cumpre, as vezes
dura mais, outras vezes dura um pouco menos, para não ficar na mão no
meio de alguma apresentação ele já vem com uma bateria extra e um
carregador externo, garantindo pelo menos seis horas com o projetor
ligado.
Consegui manter o aparelho ligado o dia inteiro usando-o
moderadamente e ligando o projetor de vez em quando, em um dos dias
respondi e-mails, escutei bastante música, usei o Twitter algumas vezes,
naveguei pouco e depois assisti um episódio de aproximadamente 20
minutos de uma série no Netflix, tudo isso no Wi-Fi, foram 17 horas
ligados até chegar aos 15% no nível da bateria. Os 2.000 mAh são mais do
que suficientes para manter o aparelho ligado usando intensivamente e
alternando entre o 3G e o Wi-Fi por muitas horas, na dúvida, sempre ande
com a bateria extra carregada e nunca terá problemas.
Navegação e desempenho geral
Apesar de possuir um processador dual-core de 1GHz, o aparelho não tem o melhor dos
desempenhos
comparado aos concorrentes do mesmo nível. Ele é rápido na navegação do
sistema, mas ao abrir muitos aplicativos é comum perceber uma certa
lentidão. Tive bastante dificuldade na tela de desbloqueio, precisava
segurar, esperar o cadeado aparecer e então deslizar para finalmente
chegar na homescreen, não sei o que acontece, mas no Galaxy S II que
possui a tela de bloqueio idêntica, isso não acontece.
Navegar na web é uma experiência tranquila, diria que parecida com a
maioria dos aparelhos que já usei, é comum ele dar uma travada rápida
depois de dar um “pinch to zoom” na página, o que acontecia com
praticamente todos os aparelhos que rodavam Android 2.3 ou inferior, até
porque vários deles ainda não possuíam um hardware tão avançado.
A interface
TouchWiz já é conhecida e oferece uma
experiência bacana e bem fluída na transição de tela, uma pena o
aparelho ainda rodar o Android 2.3 Gingerbread, uma versão muito
desatualizada do sistema, mas pelo que parece a Samsung tem planos de
atualizá-lo para o Jelly Bean, só não sabemos quando. A maior decepção
aqui é que muitos aplicativos passaram a rodar apenas do Android 4.0 pra
cima, e é claro, o desempenho é comprometido.
Apps, funções, sistema e multimídia
O Galaxy Beam vem com alguns
aplicativos
pré-instalados que estão presentes na maioria dos aparelhos da Samsung,
entre eles o ChatON que funciona como se fosse um Whatsapp, um editor de
fotografias, NetMovies, alguns jogos de demonstração como Prince of
Persia, Uno e Diamond Twister 2, além do Polaris Office que é o mais
útil entre eles uma vez que o foco do aparelho é fazer apresentação de
slides, documentos ou vídeos. Existem também alguns outros aplicativos
padrões como o Notas, Tarefas, entre outros.
A reprodução de vídeos não falhou em nenhum momento dos testes, a
maior parte dos formatos são suportados. Para quem pensa em reproduzir
vídeos de alta resolução pelo projetor, tenho uma má notícia: as imagens
projetadas podem chegar até no máximo a 640 x 360 pixels de resolução,
ou seja, a qualidade não é das melhores, mas para apresentar slides,
documentos e alguns vídeos é uma ferramenta e tanto, principalmente para
professores e palestrantes.
Falando mais sobre o projetor, não me decepcionei com o desempenho
dele, reproduz muito bem todas as imagens, todas as configurações de
foco, brilho e orientação da tela são de fácil acesso, inclusive há um
botão dedicado na lateral do aparelho para ligar ou desligar o projetor
rapidamente, ele é capaz de enviar tudo que está na tela, podemos
inclusive exibir um ponteiro de mouse ou anotações feitas em tempo real.
Não há perdas significativas das cores quando estamos em um ambiente
escuro, mas caso haja alguma luz é normal que a visibilidade fique mais
difícil, a qualidade não chega perto de um projetor profissional, mas de
qualquer maneira faz um ótimo trabalho.
Preço
O aparelho teve uma redução no seu preço recentemente e agora é
possível encontrá-lo por cerca de R$ 1.199,00 na maioria das lojas, em
sites de leilões consegui encontrá-lo por R$ 1.000,00, um preço atrativo
se levarmos em conta o hardware, o projetor e a qualidade geral do
aparelho.
Pontos Positivos
Bateria, durou bastante e ainda vem com duas na caixa
Projetor, possui boa qualidade
Desempenho, satisfatório para um aparelho desse preço
Pontos Negativos
Sistema, desatualizado e sem previsão para update
Entrada do fone, fica na lateral e acaba atrapalhando na hora de colocar no bolso
Design, as linhas amarelas chamam muita atenção, seria melhor se fosse todo preto
Conclusão e Notas
Tem um projetor num aparelho celular com Android e um hardware mediano por cerca de
R$ 1.200,00
pode parecer um bom negócio caso você realmente precise projetar
apresentações de slides, documentos ou vídeos com bastante frequência.
Ele chegou no Brasil custando cerca de R$ 1.600,00 o que me parece caro
demais para o que ele oferece, mas agora com a redução no valor, ficou
bem mais atrativo. Mas se você não precisa de um projetor, invista seu
dinheiro num smartphone com um hardware e desempenho superiores, como o
Razr i ou o Galaxy S II, ou coloque mais dinheiro e compre um Galaxy S
III.
Câmera = Nota 6
Bateria = Nota 9
Velocidade = Nota 7
Sistema = Nota 7
Preço = Nota 7
Avaliação =
Nota 7 de 10.